Portugal Testa Células de Combustiveis Domésticos
Informou o jornal “o Público”, em 21/1/04, que o nosso país em conjunto com a Alemanha, Holanda, e Espanha vai desenvolver um projecto “Virtual Fuel Cell Power Plant” , que envolve a instalação de 31 equipamentos à base de células de combustível, para a produção de electricidade e calor. Um deles ficará no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Este projecto tem por base o facto de que qualquer casa tem um esquentador a gás para a água e uma conexão à rede eléctrica para as luzes. O que se pretende é testar uma solução doméstica que faça as duas coisas ao mesmo tempo, utilizando células de combustível – que produzem electricidade a partir do hidrogénio, sem provocar emissões poluentes.
O equipamento tem o tamanho de um frigorífico grande, mas, em termos técnicos, é uma microcentral de cogeração de energia, alimentado com Gás Natural, como um normal esquentador, possuindo um “reformador”, que transforma o Gás Natural em hidrogénio. Com este hidrogénio, uma célula de combustível produz electricidade e o calor que resulta deste processo é aproveitado como fonte de aquecimento.
Sete unidades destas estão já a funcionar, há um ano, na Alemanha e Holanda. Elas supriram entre um quarto e a metade do consumo de electricidade e um terço das necessidades de calor dos edifícios onde estão instalados. Além disso, dez por cento da electricidade produzida foi injectada na rede eléctrica pública ou seja, os consumidores de electricidade passaram a produtores.
Em países mais frios, uma microcentral de cogeração a hidrogénio pode servir para blocos de apartamentos, que necessitam de aquecimento durante a maior parte do ano.
Segundo refere o jornal, em Portugal, podem ser utilizadas para fins específicos, onde é preciso uma fonte constante de calor, como lavandarias, centros de saúde ou hospitais. No Instituto Superior Técnico (IST), o equipamento a ser testado ajudará a aquecer a água de uma piscina.
ENGVA constitui grupo de trabalho “Target 2020”
A European Natural Gas Vehicle Association (ENGVA) constituiu o grupo de trabalho denominado “Target 2020”. Este grupo de trabalho teve origem na recente iniciativa da Comissão Europeia estabelecida no documento de posição Alternative Fuels for Road Transportation and Measures to Promote the Use of Biofuels .
O documento defende a substituição, até 2020, de cerca de 20% da gasolina e do gasóleo consumidos no sector europeu dos transportes. Destes 20%, aponta-se para a substituição por gás natural de cerca de 10%, por hidrogénio cerca de 5% e o restante por biocombustíveis (de origem renovável) incluindo etanol e biogás.
O objectivo traçado representa um potencial aumento do número de veículos a gás natural (VGN) da ordem dos 23 milhões e um consumo de cerca de 47 mil milhões de m 3 de gás natural.
O Target 2020 irá estudar, com a Comissão Europeia, a elaboração de directivas cuja implementação contribuirá decisivamente para atingir os dois intuitos com que o programa comunitário sobre combustíveis alternativos é agora criado: o da redução das emissões de dióxido de carbono e o da redução da dependência energética, especificamente do petróleo cuja importação estima-se que atinja os 70-90% em 2030.
A Volvo, associações de promoção da utilização de VGN da França, Alemanha, Suíça e Reino Unido, fornecedores de gás natural da Alemanha (Ruhrgas) e Austria (OMV), o instituto de investigação técnica TNO e a consultora sueca Strateco são alguns dos membros deste Grupo, estando previsto o seu alargamento