Informação à Oeste Sustentável, sobre eventual utilização do GNL como fonte energética das unidades de tração, na rede ferroviária do Oeste
“A AMAGÁS, na qualidade de associada da Oeste Sustentável, apresentou uma proposta para que se analise uma eventual alternativa à eletrificação da Linha ferroviária do Oeste, na base do Gás Natural Liquefeito (GNL).
Esta proposta teve em conta que há muito que os Municípios da Região do Oeste vêm defendendo a eletrificação da linha ferroviária do Oeste, como condição determinante para a sua revitalização, assim como por questões ambientais e económicas.
A solução desta pretensão tem sido bloqueada, sistematicamente, face aos elevados custos com a instalação da catenária (sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea), assim como da sua manutenção e ainda das perdas significativas de energia elétrica, face aos cerca de 200Km de extensão desta via ferroviária.
A proposta apresentada de utilização do GNL como solução energética para a Linha Ferroviária do Oeste, é ambientalmente mais sustentável, de fácil concretização e de baixo custo económico.
Esta solução é presentemente utilizada em inúmeros países, nomeadamente nos EUA, Canadá, Rússia, China, África do Sul, América Latina e Europa, como se demonstra, nos documentos que se anexam, assim como a concretização de um projeto deste tipo, numa linha ferroviária no norte de Espanha, para transporte de passageiros.
Destacamos que o Posto de Abastecimento das unidades locomotoras a GNL, seria executado pela entidade a quem seja concessionado o local onde o mesmo seja instalado, pelo que ficavam as Infraestruturas de Portugal (ex.REFER), dispensada desse investimento, podendo no entanto arrendar o espaço utilizado que corresponderia a uma receita.
A utilização do referido Posto de Abastecimento poderia ser potenciada se o mesmo for localizado numa estação, com arruamento público anexo, que permita abastecer, simultaneamente, de GNL (no estado Liquido) ou GNC (gasoso), as viaturas rodoviárias de particulares, ligeiras ou pesadas, em regime de utilização pública.
O único investimento exigível à CP, neste caso, será o da aquisição das locomotivas para o transporte de mercadorias e o de automotoras para passageiros, tendo no entanto em conta que projetos idênticos têm tido comparticipação financeira a comunitária, em grande parte a fundo perdido.
Deverá ser tido em conta que as automotoras de passageiros que circulam nas vias regionais não eletrificadas, como é o caso da Linha do Oeste, são alugadas à RENFE, com um custo anual superior a cinco milhões de euros, podendo constituir uma grande oportunidade para a CP se livrar de uma situação ruinosa.
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